“ À VOLTA DO MUNDO “
(14
DE ABRIL A 23 DE MAIO DE 1995)
Fez no dia 14 de Abril de 2015 vinte (20) anos que iniciei a minha viagem à 'Volta do Mundo', e duraria até 23 de Maio.
Muito resumidamente foram:
* 5 Continentes
* 11 Países
* 20 Cidades
* 9 Ilhas
* 11 Aeroportos
*5 Companhias Aéreas
* 9 Moedas Nacionais
* 16 Meios de Transporte
* 3 Cruzeiros
* 8 Tours
* 46 dias
* 53,25 horas de avião
para além de uns 3500 kms de estrada, umas 35 a 40 mil milhas percorridas, 6 cassetes de vídeo, 4 rolos de fotografias e 1.450 contos despendidos!
Aqui fica o Diário de Viagem, sem qualquer alteração ou correcção:
DIÁRIO
DE VIAGEM
( Às minhas filhas
FILIPA e RITA)
ABRIL,
14
Parti do Aeroporto Sá Carneiro, no PORTO,
às 14H40, para LONDRES, onde cheguei
às 15H40 (hora local , após 2 hrs de voo.
O tempo está excelente, cerca de 17 graus centígrados, mas no Porto faziam
22 graus.
Chegado ao Hotel Eden Park, em Bayswater, deixei as malas e fui até CONVENT GARDEN / SOHO / PICCADILLY.
Jantei pela primeira vez comida japonesa (Sushi Set com águas Perrier).
Não gostei muito. Regressei cedo ao hotel. São cerca das 23 horas e estou a ver
o filme “ Amadeus “.
ABRIL,
15
Hoje fazia um pouco de frio e ameaçou chover todo o dia.
Fui até à Torres de Londres, ao Cais do Tabaco e a Chelsea. Realmente esta cidade é a cidade europeia do ‘ shopping ‘
por excelência, e do bizarro (mas com algum sentido de humor). Neste último
bairro estive no Hipper, que é um
espanto: 100 % punk e retro.
Jantei pela primeira vez comida mexicana (Mexicali- tortilha de carne, com
feijões, arroz e picante e Nada Colada,
como bebida).
ABRIL, 16
Andei para trás e para a frente! Mas não parei, pelo que fiquei bem
cansado. Fui ao Hyde Park filmar, mas fazia um frio de
rachar. Foi um dia de Páscoa bem diferente do do ano passado, em que estive
aqui com as Filhas.
Cedo fui para o Aeroporto de Gatwick e, para meu espanto, o check-in era
uma hora antes... do que constava no bilhete. Usei vários transportes entre as
18 e as 22 horas: metro (até Vitória Station),
comboio expresso (Gatwick Express
até ao aeroporto), monorail (no aeroporto) e, por fim, avião. Saimos à s 21H50,
após longa espera.
Fizemos uma paragem técnica em ROMA,
ás 23H40 (hora local), onde estivemos 1H10, saindo ás 0H50 (local 1H50) para
chegar ás SEYCHELLES IS. (VITORIA em
MAHÉ IS.) ás 8H30 (11H30 locais).
A viagem foi boa, com bom serviço, excelente vinho (Rozendaal “ Chemin Blanc “ 12º Africa do Sul) e
óptima hospedeira criola (Nadia).
Ufa! Que calor. Faz 30ª.
ABRIL,
17
Estou no Hotel. A primeira impressão é péssima. (Os serviços da Pam Tours também).
Mas a segunda, após a passagem do dia, é a de que é menos mau.
As SEYCHELLES assemelam-se a
Cuba, mas com um custo de vida (para o turista) três vezes superior: uma
cerveja nacional 18 rupias (~660 esc.), um jantar no hotel 155 rupias (~5000 esc.),
uma bebida 25 rupias (~825 esc.). E as pessoas aqui são menos simpáticas. Já
estão absolutamente corrompidas pelo dólar. De resto é tudo muito parecido. Até
o policiamento, que aqui até se nota dentro do hotel. Só ainda não sei se é
privado ou público.
A tarde passeia na praia, com alguma chuva e o primeiro banho da época e no
Ìndico.Estão alguns portugueses (8) mas o restante são alemães e italianos.
ABRIL,
18
O dia começou, pelas 10H00, com um bom prato de frutas frescas tropicais,
algumas das quais ainda não sei o nome, e comi pela primeira vez.
Fui até uma praia distante, a pé. Só se vêm homens e mulheres com crianças,
o que me leva a crer que só as mulheres trabalham e os homens solteiros. Bem avançados!
Vi quatro cães a brincar com os peixes no mar, a mias de 100 metros de
distância! Foi giro, pena não ter uma máquina. O fim de tarde está mais ameno
do que ontem.
ABRIL,
19
Hoje foi o dia das primeiras viagens de reconhecimento pela ilha, para sul
e oeste, de transporte público. São umas caminhetas de origem indiana, que
levam 3 rupias qualquer que seja o trajecto.
Começei por parar em ANSE ROYALE,
só frequentada por autóctones. Asseguir fui até BAIE LAZARE, onde os Franceses aportaram pela primeira vez. É muito
bonito. Fica na costa oposta e é bem frequentada. Por último, fui à capital VITORIA, passando antes pela segunda
cidade PLASSANCE .
A capital com 20000 hab. é pequena, mas já tem aspecto citadino, com bancos
e supermercados, os primeiros dos ingleses e os segundos dos indianos.
Vi ‘ Seichelloisas’ com muitíssimo bom aspecto. Tomei uma cerveja no Pirate’s Arms. São 18,30 e vou-me
preparar para jantar. Tenho que me deitar cedo, pis que amanhã parto para a
ilha de LA DIGUE ás 6,40 da manhã.
Refira-se que o refrão ‘Sol a Sol’ se aplica aqui: a vida começa com o
nascer do Sol (6 Hrs) e termina ao pôr do Sol (18H30).
ABRIL,
20
Foi um interessante dia com ida de barco à Ilha de LA DIGUE.
Vi a praia ‘ex-libris’ - ANSE SOURCE
D’ARGENT -esta sim, paradisiaca.
Como excursão fomos visitar uma fazenda
colonial de cacau e vaunilha, esta pouco, onde se situa a casa colonial em que
foi filmado o primeiro ‘ Emmanuelle ’,
e fiz amizade com uma tartaruga gigante. Ah! Começamos por andar de taxi puxado
a bois (para inglês ver e turista também).
ABRIL,
21
Amanhã, pelas 19H35, parto do Hotel.
Hoje praticamente choveu todo o dia. De manhã, tomei um meio banho, pois
faltou a água. Fui para a praia, onde passei a manhã dentro de água, mesmo a
chover, E deu para ver um pequeno tubarão morto, que os há mais para o mar a
dentro.Para além de uns tipo biqueirões, que andam sempre a saltar, a um metro
de nós. De tarde, fui comprar o ‘pareo’ para a Filipa e a t-shirt para a Rita,
em VITORIA. Depois, dei uma volta de
autocarro pela zona norte, este e oeste, de Glacis até Beau Vallon, atravessei
a ilha pelo monte (Foret Noire) até VITORIA. Por último, parti desta até ANSE ROYALE e ANSE BOILEAU, no sul. Fiquei praticamente a conhecer toda a ilha, menos
a zona central para oeste.
Uma frase no autocarro ‘ MANZ BYEN POUR VIV BYEN SANS LALKOL ‘ de uma
campanha que tem por lema: ‘ I SIPORT PREVANSYON MALADI KARDYOVASKILER’...em
criolo, claro!
ABRIL,
22
Último dia passado nas ILHAS
SEYCHELLES.
Continua a chover, ainda que mesmo assim tenha ido á praia.
Duas autóctones (22 e 28 anos de idade) meteram conversa. A vida para eles
não deve ser nada fácil. A mais nova só sonhava com jogadores de futebol, das
selecções argentina e italiana, bem como emigrar para Roma.
O Presidente é um ditador e está no poder há 15 anos, a ‘ encher-se ‘.
Depois li no jornal local ‘ Nation ‘ (orgão oficial) que a economia está
estabilizada e que ele a pretende privatizar aos poucos. Como, é óbvio, não
será para bem do povo. Ah! até a empresa de criação de galinhas é do Estado.
Não exageremos.
Em conclusão, ilha interessante, para turismo caro, com um local
efectivamente paradisíaco - Anse Source
D’Argent - , com algumas raparigas giras, mas que o Fidel a visite
rapidamente !
ABRIL,
23
Ínicio da terceira etapa: SINGAPURA.
Após mais sete horas de avião e três de aeroporto, aqui cheguei.
É uma cidade enorme. Começa no aeroporto, que além de grande é supermoderno
e chique. De longe o mais impressionante que vi até hoje.
Após uma viagem até ao hotel, de taxi, em que deu para ver as zonas de
lazer e residênciais, tomei um banho e fui ‘ pela cidade ‘. No TRM (metro) vi
uma asiática e duas europeias bem engraçadas, mas mais nada no dia todo, e
também uma simpática indiana. Fui até Chinatown
e Little India. Esta
impressionou-me bem mais do que a primeira. Amanhã continuarei e na 3ª feira,
dia 25, tenciono ir a MALACA e, à
noite, Orchard Road. Que loucura!
Mas apartir das 21H30, chapéu! Mas até lá é só ‘shopping ‘!
ABRIL,
24
Fui, de manhã, até à Arab Street
de que gostei. Tentei ir a uma mesquita e não me deixaram entrar...por estar de
calções!
Vi lojas de sedas espectaculares.
À tarde, fui de Cable car até à ILHA
DE SENTOSA, depois de ter almoçado num restaurante indonésio. A Ilha é um
centro de divertimento. Andei de Monorail à volta da Ilha, fui à praia (com
óleo como as nossas), andei numa ponte suspensa de corda até ao ponto mais
setentrional do continente asiático (era o que dizia a tabuleta), e,
finalmente, fui ao Underwater, que é
um impressionante aquário, com uma zona circular, com uns 50 mts, em que os
peixes (tubarões, raias gigantes, moreias, atuns, etc) andam ao nosso lado e
por cima de nós. Fiquei de tal modo entusiasmado, que dei duas voltas.A não
esquecer.
Vou-me deitar pois amanhã vou ás 7H45 para MALACA. Mas este dia não correu muito bem: fiquei sem pilha à ida
para a Ilha e não cheguei a tempo de telefonar.
ABRIL,
25
Após um retemperador chá no hotel, a que se seguirá os preparativos do arrumo de malas, um banho e cama.
Amanhã, de manhã, é a última volta por SINGAPURA.
À tarde parto.
Levantei-me ás 6H30 para ir de Expresso até MALACA ver os vestígios portugueses.
Queria um tour, mas como disse, não foi
possível. Saído ás 9hrs, chegamos a MALACA
pelas 13H00, após as exigências de duas fronteiras. A cidade é miserável. Fica
a 250 kms da fronteira, junto ao rio
Malaca e respectivo estreito de mar. O percorrido deu também para ver o que
toda a MALÁSIA será (esgotos a céu
aberto, etc). A parte velha está bem conservada, graças aos holandeses e
ingleses, que nos substituíram. De nós restam as ruínas
da IGREJA DE S. PAULO, onde S. Francisco Xavier esteve antes de ir
para Goa, e a PORTA DE SANTIAGO ( a ‘Famosa
‘ ), que pertencia à fortaleza, um quartel e uma igreja , mais recentes. Na
Igreja vi duas tampas mortuárias portuguesas. Depois foi o regresso.
ABRIL,
26 e 27
Foi uma de ‘shopping‘ durante a manhã.
Comprei os relógios, os perfumes e a te - shirt por mero acaso. Não era o
que tinha em vista, mas aconteceu.
Às 14,30 cheguei ao aeroporto onde andei para trás e para diante até às
17,00, hora a que entramos para o avião, que apenas partiria às 17,50 para RANSPORE no BALI, onde comprei um
‘saron’. Partimos às 22,50, logo mais 3 horas de aeroporto e chegamos 5,20
horas após a SYDNEY (6,20 horas locais).
Esta cidade parece-me pouco agradável, vamos a ver.
Impressionou-me a sujidade e o ambiente soturno, assim como o hotel, que só
tem exterior (fachada).
ABRIL,
28
Comecei este meu 50º aniversário telefonando à Ana, às 4,00 horas da manhã
daqui, 20,00 horas em Portugal, pelo
seu 24º aniversário. Bonito!
Depois fui até WATSON BAY à
procura de uma praia. Dei com LADY BEACH,
para nudistas, mas só tinha velhos.
Dei uma volta pelo SYDNEY HARBOUR
PARK, filmei o Pacífico e fui a outra praia.
Estava razoável. Asseguir fui até à zona antiga, CIRCULAR QUAY e ÒPERA. É
uma bonita zona, de cais, toda reconstruída. O edifício da Òpera corresponde ao
esperado.
À noite vou jantar ao Hard Rock Cafe.
Fui, estava cheio. É maior e mais giro do que o de Singapura.
Depois de uma volta a pé, fui até ao QUEEN
VICTORIA BUILDING. A Ruca Malheiro tinha-me falado que era um dos Centros
Comerciais mais ‘ chiques ‘ e bonitos. E é mesmo verdade. No domingo vou lá
filmá-lo.
Como nunca tinha andado de metro, vim para o hotel no aqui chamado City Rail. Tem dois andares, tipo TGV
francês. Não me recordo de outro no género.
ABRIL,
29
Como previsto fui fazer o
tour pelas BLUE MOUNTAINS.
Os coalas são um mimo.
Depois, fomos até às vistas de montanhas ver os Great Canyon australianos... com àrvores. São espectaculares, ainda que as THREE SISTERS o sejam menos.
Seguimos para KATOOMBA onde
andei no Skyway, que faz lembrar o
que existia na ilha da Madeira.
Percorremos várias zonas do NATIONAL
PARK, almoçamos em LEURA e
passamos no regresso por várias localidades interessantes, entre as quais RICHMOND e WINDSON, esta com a sua pista de corridas de cavalos e aeroporto
desportivo.
Chegados à cidade, por norte, tive a oportunidade de ver uma vista nocturna
fantástica.
No hotel, surpresa das surpresas, um fax do IAPMEI.
É gratificante. O do Àlvaro já esperava.
ABRIL,
30
Levantei-me cedo e fui à famosa praia dos surfistas: BONDI BEACH.
É um imenso areal,
com muita gente e surfistas, ainda que o mar não ajudasse. A água é fria,
como a de Âncora, e o pôr-do-sol é realmente para oriente, ou seja, ao
contrário do daí.
Depois de comer qualquer coisa, e descansar, fui ao AQUARIUM de SYDNEY.
Fiquei desiludido pois em comparação com o de SENTOSA (Singapura) é inferior.
Apenas tem a mais as focas e, como é óbvio, peixes diferentes. E, é bem maior.
À noite, vou à zona que descobri ontem e depois preparar a mala.Amanhã
parto para AUCKLAND.
MAIO, 1
Mais uma partida.
Cheguei ao aeroporto para fazer o chek-in e entrar às 14,30, sendo a
partida para as 17,35. Mas apenas se deu às 18,30. Que desorganização a Air New Zealand !.
E a entrada, ou melhor, a saída do aeroporto!
A mais complicada até agora.
Cheguei às 23,30 locais, ou seja, após 3 horas de voo. E a melhor é que
quasi não arranjava transporte e não fazia a mínima ideia onde ficava o hotel.
Finalmente arranjei um taxi (colectivo) com mais 4 pessoas, e logo um casal
inglês, de idade, e um norueguês, que também andavam à volta do mundo. Mas com
mais tempo. O hotel (motel) é razoável, serve para dormir.
Como tive que adiantar o relógio mais duas horas, agora a diferença para aí
são apenas 10 horas.
MAIO, 2
AUCKLAND é uma bonita cidade. É a segunda do país, com
cerca de um milhão de habitantes. Apenas perto do porto, e no centro da cidade,
é em altura. No restante é baixa, com muita qualidade de vida, um comércio de
alto gosto, muito design próprio e raparigas
‘ de estoiro ‘.
Hoje no ROMA´S CAFE fui atendido
por uma jovem giríssima.
Depois fui de ferry até DAVENPORT,
uma pequena cidade costeira, em frente a esta. Muito bonita e, sobretudo,
calma.
MAIO, 3
Levantar às 6,00 horas e partir às 6,45 para ROTORUA, a cerca de 250 kms, passando por WAIKATO, HAMILTON e CAMBRIDGE.
Paramos cerca de 2 horas. Depois em HAVEN
LAKE. Em seguida visitamos a RAINBOW
FARM, para assistir a algumas cenas de vida campestre, com carneiros e
vacvas, de relativo interesse. Os asiáticos deliravam.
Passamos ao RAINBOW SPRINGS,
parque de criação de trutas e com pássaros, onde vi o famoso Kiwi, ave noctívaga e em ambiente sem
luz.
E, finalmente, fomos ao Instituto
Maori ver artefacto e o seu ambiente.
Trata-se de uma região no interior de um
vulcão, sulfurosa, onde vi geisers,
fumarolas, águas quentes e terras movediças. Gostei. O cheiro era atractivo! Entretanto, começou a chover, e no regresso apanhamos bichas de automóveis com mais de 20 kms até AUCKLAND bonito! O que vale é que dormi. Jantei num ‘ mexicano ‘ ( chimichanga e batido de banana ).
MAIO, 4
e 5
Passeio pelo centro da cidade e apenas a compra do anel com camaféu para a
Ana. Vi talvez um melhor em Londres,
mas posso vir a não dar com a loja. Apenas falta para o Pai e João comprar
lembranças, já que para as ‘ donas ‘ espero fazê-lo em LA e LONDRES ( Calvin Klein e Spirit ).
Vou-me preparar para a partida.
Levantei-me uma vez mais às 6,15 horas. Enganei-me na hora do avião. Assim,
cheguei ao aeroporto às 7,30 e o avião partia às 10 horas.
A chegada a NADI foi às 12,30
horas, mas estive na polícia aduaneira até às 14,30, pois não tinha....visto.
Ora Londres disse-me que não era
preciso e não li o contrário.
Mas esta estadia vai ser para esquecer!
O hotel é razoável, ao nível dos ilhéus é médio, de apoio ao aeroporto,
logo, longe de tudo.
Mas esta ilha parece que só tem uma praia razoável (NATADOLA BEACH) a meia hora de automóvel. As
outras praias localizam-se nas restantes 300 ilhas!
As FIDJI são um ‘ bluff ‘, devem
ser óptimas para os veleiros!
MAIO 6,
7 E 8
Cedo tomei um ‘ bus ‘ para LAUTOKA,
segunda cidade das Fidji.
A região norte é só cana do açucar, sendo este o porto de saída, e a razão
do seu desenvolvimento.
Era dia de mercado e ‘ shopping ‘, pelo que andavam as ‘ belezas da terra ‘ todas na rua. O mercado
e a zona costeira tem algum pitoresco e beleza.
O domingo é completamente parado. Passei -o na piscina e a imaginar que
fazer.
Telefonei pela 2ª vez para a Dulce, mas só `a terceira tentativa consegui:
eu a deitar-me e eles a levantarem-se.
na CORAL COAST, caracterizada por ser a zona de transição entre a cana do açucar e pomares e pinheiros.
A costa é bonita. E, tive a sorte de fazer um espectacular percurso de ‘bus', de mais de 50 kms, por estradas de pedra solta e costa. Colossal! Valeu o dia!
A cidade é bonita, porque tem rio e
mar. Gostei.
Almoçei ‘ curry ‘ de galinha no “ The
Cafe “.
Amanhã é dia de cruzeiro a MALOLO
LAILAI ISLAND.
MAIO, 9
Foi dia de cruzeiro, num
veleiro com 25 metros e quatro velas.
Eramos poucos. Estamos na
época baixa de turismo.
Saímos às 10 horas e
chegamos a MALOLO LAILAI, à PLANTATION IS RESORT um quarto para o
meio-dia.
Estava um belo dia, com
uns 28º. Após um banho na laguna e primeiras impressões com a baía, almoçei e
voltei para a praia.
A baía é lindíssima e o local também, ainda que mesmo assim estando muita
gente. A baía é de postal! Aquilo que se imagina realmente ser as ilhas
paradisíacas do Pacífico, mas que....só de barco e um bom operador turístico,
que conheça o produto que vende para aconselhar. É que foi o primeiro sítio que
acho que os ingleses podiam ter aconselhado melhor. De qualquer forma, estes
locais para ‘o isolado’...são isolamento a mais!
Mas gostei bastante, subiu a segundo lugar nas minhas preferências.
No regresso viemos ‘à bolina ‘ com as velas zarpadas. Foi uma experiência
bem agradável. Valeu a pena, porque me deu outra imagem das FIDJI.
MAIO,
10 (DUPLAMENTE VIVIDO!! )
A maior experiência da
minha vida!!!
VIVER UM DIA .... DUAS VEZES!
Como?
Sai de NADI às 19,50 horas,
depois de ter chegado ao aeroporto às 18,00 horas e ter passado o dia na
piscina do hotel, após uma pequena fugida a NADI.
E, aqui começa. Chegamos a HONOLULU
às 1,30 horas (3,30 horas locais .... do mesmo dia 10 ! ).
Porquê?
Porque algures a ocidente do HAWAI, no Oceano Pacífico, existe uma linha
de data (DATE LINE), que define a
fronteira entre o primeiro fuso ( de Greenwich
) e o ùltimo fuso ( 24 ). Assim, se até essa linha eu vivia 12 horas mais tarde
do que em Portugal, a partir dela
passei a viver 12 horas mais cedo.
Como consequência não tinha hotel para ‘repetir’ a noite de 9, mas só para
10. Eram 5,00 horas da manhã e o problema resolveu-se. Inesquecìvel, esta
experiência!
Assim, passei este novo (repetido) dia de 10 de Maio na praia de WAIKIKI,
na ILHA DE OAHU, no HAWAI, que é
espectacular. E, esta cidade e o hotel também o são.
Contarei mais.
MAIO,
11 e 12
Passei a 5ª feira praticamente na praia de WAIKIKI.
Esteve um dia óptimo. Ao fim da tarde fui à cidade antiga (Downtown) e à ChinaTown. Esta é de ‘ cortar à faca ‘. Só prostituição barata, casas de videosexo e droga. Fiz logo meia- volta.
À noite, passeei na Av. de Kalakaua
que iluminada é simplesmente espectacular.
Hoje, 6ª feira, fui fazer um tour até PEARL
HARBOUR, ao Uss Arizona Meorial
e pela cidade. Após um filme documental sobre o 7DEZ1941, ataque ‘ japa ‘,
interessante, fui ao Memorial numa lancha da Uss Marine. O Memorial está
construído transversalmente ao Arizona, podendo-se ver significativamente o que
deste é visível debaixo de água. IMPRESSIONANTE, ainda para mais que os ‘
americas ‘ exploram bem o sentimentalismo.
O resto da cidade é realmente espectacular, excepto a LUSITANA AVENUE.
Pobre!
MAIO,13
Ùltimo dia em HONOLULU, logo na praia de Waikiki,
que aproveitei para fazer
um pequeno cruzeiro,
de meio dia, num catamaram. Foi espectacular, pois que a ondulação era alta e aquilo baloiça que se farta.
Logo, só banho. Vimos uma tartaruga de alto
mar, na sua rota.
Depois fiz uma praínha e
nem almoçei. O dia estave óptimo, a maré é que estava alta, logo os banhos eram
assim, assim.
Já tomei um banho no
hotel e preparo-me para jantar e compraras últimas coisas para a Rita.
Amanhã às 3,00 horas
levanto-me para tomar o avião às 6,00 horas até LA e SANTA MÓNICA BEACH.
MAIO,
14
Cá estou nos ‘ States ‘,
em LA.
O aeroporto é uma
confusão, sem qualquer apoio informativo, pelo menos nos ‘domésticos‘.
Lá consegui um ‘ shuttle
‘ até SANTA MONICA.
Sai logo para ir ver o famoso OCEAN
FRONT WALK que passa pelas não menos famosas praias de MALIBU, SANTA MÓNICA, VENICE e MARINA DEL REY.São uns bons quilómetros de ‘ promenade ‘ que fiz.
Fiquei desiludido com Venice Beach
que está completamente degradada e cá com uma ‘ fauna ‘!
No regresso vim pela MAIN STREET
que tem um ‘shopping‘ de nível. Mas é evidente que na marginal se vê cada
coisa, mas mesmo para ‘ dar no olho ‘!
O hotel é bom, mas exorbitante e demasiado afastado. Fica a mais de 1,30
horas de ‘downtown‘, onde irei amanhã.
MAIO,
15
Esta manhã foi para
esquecer!
A pior experiência desta viagem...até agora:
choveu ‘a cantaros‘ toda a manhã. Entre o hotel e a paragem do ‘bus‘ (200 metros)
fiquei totalmente encharcado e com os pés a ‘boiar‘ (já me aconteceu o mesmo
em Paris). Acabei por comprar 2
pares de meias e pôr pedaços de saco de cplástico nos sapatos... e comprar um
guarda-chuva...tudo isto para passear (bem como meia dúzia de outros turistas!)
em BEVERLY HIILS (RODEO DRIVE) a ver as casas dos costureiros e
joalheiros famosos, sem ter tido coragem de ir a HOLLYWOOD nem a SUNSET BLVD.
Regressei a SANTA MONICA, já com uma tarde com sol, como se a manhã não tivesse estado como
esteve, à 3th Str- PROMENADE
rua fechada ao transito, com ‘beautiful‘
cafés e pessoas.
À noite fui ao CONGO CAFE com música e poesia ao vivo.
Giro!
Amanhã temos um dia de
aventura: 12 horas de ‘bus‘ até S.
FRANCISCO!
MAIO,
16
Parti de ‘bus‘ (Greyhound Line) às 10,30 horas para S. Francisco, numa viagem pela PACIFIC COAST, passando por S. BERNARDINO, SANTA BARBARA, SANTA MARIA, SAN LUIS OBISPO,
PASO ROBLES, KING CITY, SOLEDAD, SALINAS, GILROY, SAN JOSE, SILLICON VALLEY até SF.
onde chegamos às 21,30
horas, ou seja, onze horas de viagem, percorrendo mais de 650 kms.
A costa é bastante
bonita. Os restantes passageiros eram na generalidade mexicanos. A viagem
fez-se razoavelmente bem. As cidades na sua maioria são demasiado espaçosas,
sem se ver durante o dia praticamente ninguém na rua.
MAIO 17
e 18
S. FRANCISCO é uma cidade razoavelmente pequena e muitíssimo bonita
arquitectonicamente.
O MOMA,
inaugurado no início do
ano, como o restante conjunto de edifícios (YERBA BUENA GARDENS)
é qualquer coisa de
bonito e espectacular.
Mas a cidade é muito bonita!
Pena é que o factor humano mostre um grau de decadência impressionante.
Excepto a ‘beautiful people‘ do Moma. O hotel situa-se numa zona feia!
Percorri os pontos principais pelo que o cansaço foi imenso.
MAIO,
19
Regressei a LA numa viagem
nocturna, que partiu de SF às 22,00 horas, de ontem (dia 18), e chegou aqui às
6,30 horas de hoje, ou sejam, 8,30 horas de viagem.
Claro que não teve as paragens anteriores, apenas SAN JOSE, GILROY. KING CITY e SAN FRANCISCO.
O hotel é muito mal situado também, numa zona de pretos, mexicanos e
asiáticos.
A América é feia. E LA não é SANTA MÓNICA ou BEVERLY HILL.
À tarde, após um bom banho, fui a HOLLYWOOD
ao famoso WALK OF FAME, que são os
passeios da rua, com estrelas douradas e com os nomes de gente do cinema, e ao MANN´S CHINESE THEATER, ver as mãos e
pesadas dos famosos, no chão de cimento.
Mas o cinema é mesmo uma ilusão!
Aquilo pouco ou nada tem
a ver, bem como o SUNSET BLVD e a
palavra ‘Hollywood‘ no HOLLYWOOD HILL, com o que se vê no
cinema e, sobretudo, na lendária ‘Noite dos Óscares‘. Só Fama!
Não gosto mesmo de LA., e
não é só cansaço, desta longa viagem.
MAIO,
20
Está a finalizar esta viagem - comemorativa dos meus 50 anos - já que o
objectivo de emagrecer não deve ter sido grandemente atingido, nomeadamente
aqui nos E.U. , que me fartei de
comer!.
Estava para ir a ‘Downtown‘,
mas acabei por não ir a passar a tarde na PACIFIC COAST WAY a ver os ‘desportistas' e a trabalhar para o ‘bronze‘, que creio bem também ter sido um dos objectivos atingidos.
Passei por SANTA MONICA PLAZA e PROMENADE, após ter comido uma fritada
de marisco no SEAFOOD PIER, e
terminei a tomar um cockteil no CONGO
CAFE. Era bastante bom com licor de Amaretto e natas.
Bom, amanhã é mais uma banhada de aeroporto, já que tenho que sair daqui até
ao meio-dia e estar no hotel pelas 15,00 horas. E, preparar-me para uma viagem
de mais de 10 horas.
MAIO,
21
Após uma noite duplamente agitada (insegurança na localização do hotel e
véspera da viagem de regresso), fui para o aeroporto ao meio-dia para saber que
o voo estava atrasado pelo menos duas horas (das 17,25 para 19,25).
Acabamos por partir às 19,35 para chegar a LONDRES às 5,30 (13,30 horas locais), numa viagem agradável na VIRGIN , cujas hospedeiras são um hino
à beleza feminina e a qualidade do serviço prestado pela companhia é excelente.
Com um televisor individual, localizado na cabeçeira traseira do assento da
frente, com seis canais possíveis, vi dois filmes “A little woman “, muito bom, e “Eduardo, mãos de tesoura“, para o menos bom. E o tempo passou-se
bem e rápido. Vi a costa canadiana e ártica, à noite. Muito bonito.
MAIO,
22
Chegado a LONDRES, às 13,30
horas, fui rápido para o hotel para fazer as compras que necessitava. Feitas
estas, regressei ao hotel para me preparar para a viagem final: LONDRES- PORTO.
Mas passei a noite com pouca vontade de dormir, fruto do ‘ gap ‘ horário,
do regresso e do colchão, que era duro como uma pedra.
Juntamente com SINGAPURA foi
onde me perdi mais nas compras.
MAIO,23
E, estava concluída a maratona da comemoração dos 50 anos, com o regresso a
casa, após um pequeno voo de 1,50 horas na BA.
Fiquei satisfeito porque as prendas pareceram agradar à Filipa, Rita e Ana,
bem como ao Pai e Dulce.
Mas não era possível mais.
Agora resta fazer o balanço da viagem!!!
DISTÂNCIAS PERCORRIDAS
PERCURSO KMS MILHAS TEMPO
Porto - Londres 2,00
Londres - Seychelles 10,00
Seychelles - Singapura 7.00
Singapura - Bali 1674 1039 2,10
Bali - Sydney 5,20
Sydney - Auckland 2159 1341 3,00
Auckland - Nadi 2156 1339 2,30
Nadi - Honolulu 5107 3172 4,30
Honolulu - LA 4158 2583 5,00
LA - Londres 9059 5616 10,00
Londres - Porto 1,50
TOTAL 53,25