terça-feira, 17 de junho de 2014

ESCRITOS DA MENINICE

Acontece com todos, somos seres em aprendizagem e sensíveis, visamos o reconhecimento, lemos e queremos ser lidos, pelas pessoas a que nos dirigimos.

Não fugi a esse estádio da VIDA, e decorridos os anos suficientes, para tirar as poeiras dos escritos, que encontrei no sotão, vou passa-los a este novo meio, que sei continuarem o seu anonimato.


= TIC-TAC, TIC-TAC =

Tic- tac, tic-tac
O relógio fala, canta
O Tempo passa
Tic-tac, tic-tac
Lisboa minha
A despedida será crua
Como a Vida que passa
E o Tempo alheio, impassível
Tic- tac, tic- tac
O Tempo passa
O relógio fala, canta
Tic-tac, tic- tac

                                                  (Lisboa, julho 66)


= VIDA CRUEL =

Vida cruel é esta
Amamos, se somos amados
Mão sem compaixão
Destruirá esse Amor
Amamos, não somos amados
E tu! Ó mão sem compaixão!
Assistirás impassível
Como a rocha
À erosão do nosso Amor

                                   (1966)


=  SHE, A FOREIGNER GIRL =

My hearth crying for a girl
Arrived and went away
Relexed  in my arms
Innovation my Life
Arrived and went away
Never I' d see her
               
                                                    (Estoril, agosto 66)


= UM DIA COMO TODOS OS DE INVERNO =

Está frio
O céu chora
O menino tem frio
Um guarda- chuva
Uma gabardine
Tudo molhado
Choev
Está frio
                                                    (Porto, 6-12-66)


= UMA ÂNSIA A DESTEMPO =

Queria rimar
Como?
Não sei
Escreverei,
E, direi....
.....rimei.

                                                      (Porto, 6-12-66)


= A MORTE NUMA NOITE BRANCA =

É noite.
Está frio,
                          Tudo gela
Cai neve
                        Lá fora
O vento uiva E a Morte
                              Impassível
Paira sobre ele.
Está só
                                No barraco
Treme
                               Tem medo
Vida pobre e enfraquecida
                                                             Que
                                                             Cede ao traiçoeiro golpe
A Morte
                            Chega
                                                              E
                                                                           A Vida
                                                                                           Vai

                                                                                                      (10-1-67)


= LIBERDADE=

Tesouro dos Deuses
Bem dos bens
Sei que existes
Quero-te
Mas fojes, fojes
És inacessível
Numa sociedade como esta.

És incongruente com ela
Será possível possuir-te?
Sim, creio q sim
Tentarei, Lutarei

                                                        (10-02-67)

= IMORTALIDADE =

Viver é acto humano
Conhecer e realizar
Objectivo do quotidiano
Mas viver não é tudo
Urge construir algo mais
Que transcenda este mundo mudo.
 
                                                        (24-2-67)
 
= A TI, PIQUITO =
 
Era uma vez uma gata
Capri, de nome chamada.
O tempo se foi passando
E seu nome se modificando.
 
Pica para todos era
Mas por pouco tempo o seria
Sem, porém, ter deixado
Um fruto de seu passado amado.
 
Foi ele Capri como a mãe
Em breve Pico também.
Mais tempo por nós amado
Gato belo e meigo como era.
 
Connosco viveu no amor
Por si rara afeição nutri
Meigo e ladino como era
Muita saudade um dia deixaria
 
Dia fatídico hoje chegado
Lágrimas por ti derramadas
Em nosso coração deixadas
Saudades eternas de um gato 
                                                            amado.
 
 
                                                 A ti meu Pico recordado
                                                  Na manhã de um Outono
                                                   Fatídico, último, hesitado
                    E frio
 
                                                                            (Porto, 5-XI-67)

                                                           



segunda-feira, 2 de junho de 2014

AS NINHARIAS, MAS CURIOSAS

Ao longo dos anos, muita coisa passa pelas nossas mãos, que vão sendo temporariamente guardadas. Mas poucas são aquelas que duram uma Vida inteira. Ou pelo seu valor material ou afetivo, e porque não mesmo pela sua falta de valor, algumas foram permanecendo, e sempre que as vemos, lembramos de outras ue gostaríamos que tivessem sobrevivido ao ineixorável Tempo.
É desta curiosidades que por aqui vou deixar.....



Medalha comemorativa da elevação da Cidade do Porto a Património Mundial




Exemplares de relógios de bolso que restaram de uma coleção...roubada!

Este do avô.....

Bilhetes de viagens de eléctrico

Carteira de fósforos, especial, da Fosforeira Portuguesa

Óculos do avô.....

Primeiro dos instrumentos de escrita, por mim usados, e respectivo frasco de tinta de escrever.


Exemplares de tesouras de costura da avó


Caixas de fósforos da minha infância







....e do tempo dos meus avôs, finais do séc. XIX

Emblema de Economia do velho ISCEF, ao Quelhas

....e de quando ingressei na FEP, Porto

Não podia faltar o do MFA, prateado, já que o dourado se perdeu, na voragem das mudanças

....e claro do GLORIOSO.....que há mtos anos me acompanha!

Navalha de barbear, com que 'puxei' a barba, para 'parecer homem'!!!!

E dos tempos da 'tropa', em Mafra....das provas de tiro....de 'esferográfica' BIC!

Ficha do bengaleiro do Liceu Nacional de Alexandre Herculano, no Porto

....do avô!

Quem se lembra? Está a ser recuperado com outros materiais.